Estou me sentindo perdida esses dias, tendo crises de Amelie Poulien ( assistam o filme o maravilhoso destino de Amelie Poulien) que vocês iram entender...

Não sei se vocês gostam de assistir séries, mas eu gosto muito e tenho assistido uma nova que se chama Samantha WHO? que conta a história de uma pessoa que perdeu a memória completamente e que ao ver quem era antes do ocorrido tenta mudar o modo que ela agia com a sua vida e com as pessoas... Quando assisto fico me perguntando se eu faria o mesmo ou se a gente acaba se conformando com a nossa patética existência nesse mundo....Vocês mudariam algo caso algo assim ocorresse?


Da série One Tree Hill

“Essa escuridão tem um nome?
Essa crueldade, esse ódio, como ele nos encontrou?
Ela se meteu em nossas vidas, ou nós a procuramos e a abraçamos?
O que aconteceu conosco?
Que agora mandamos nossos filhos para o mundo, como mandamos jovens para a guerra...
Esperando que voltem a salvo, mas sabendo que alguns deles se perderão no caminho.
Quando perdemos o nosso caminho?
Consumidos pelas sombras, engolidos completamente pela escuridão...
Essa escuridão tem um nome?
Acaso, é o seu nome?"


Perguntas importante a serem feitas....espero que gostem
Ps: Tirado do Blog do Bruno Medina ( Los Hermanos)

1. É impressão minha ou o Red Hot Chili Peppers faz a mesma música e só troca o nome há uns dez anos?

2. Por que, nas novelas, os personagens principais sempre fazem os caminhos mais complicados até seus verdadeiros amores?

3. Aliás, por que as pessoas assistem a novelas (incluindo eu) se já sabem quase tudo que vai acontecer?

4. Por que o Romário só coloca os óculos quando vai dar entrevista?

5. Por que todo mundo faz as compras de Natal no final de dezembro e reclama que o shopping fica lotado?

6. Por que, quando alguém nos faz um favor, retribuímos dizendo “obrigado”? O agradecimento não deveria ser espontâneo?

7. Por que soprávamos os cartuchos de Atari para que eles voltassem a funcionar?

8. Se toda regra tem uma exceção, qual é a exceção para essa regra?

9. Será que Roberto Carlos não tem um amigo verdadeiro para lhe indicar um cabeleireiro?

10. Por que as pessoas correm na chuva se dessa forma elas acabam se molhando mais?

11. Qual é o sinônimo da palavra sinônimo?

12. Por que quando encontramos alguém perguntamos “tudo bem?” se já sabemos que a resposta é sempre a mesma?

13. Por que todo mundo que é frio é também calculista?

14. Se o Pluto e o Pateta são cachorros, por que só um deles anda de pé e fala?

15. Por que algumas pessoas se abaixam dentro do carro quando passam pela porta da garagem?

16. Por que o Ronaldinho Gaúcho não faz um tratamento dentário?

17. Por que as pessoas gritam no telefone quando estão ligando para longe?

18. Por que se acorda os outros para perguntar se estavam dormindo?

19. Se a laranja se chama laranja, por que o limão não se chama verde?

20. Por que os aviões não são construídos com material semelhante ao das caixas-pretas?

21. Por que as pessoas usam bermuda e blusa de manga comprida ao mesmo tempo?

22. Por que abaixamos o volume do rádio no carro quando procuramos um endereço pelo número?

23. Por que as pessoas têm nojo das mariposas mas adoram tocar em borboletas?

24. Se Deus está em todos os lugares, por que olhamos para o céu quando queremos falar com ele?

25. Se o gato sempre cai de pé e o pão com o lado da manteiga para baixo, o que acontece se amarrarmos uma torrada nas costas de um gato?

26. Não seria o ódio uma forma mal resolvida de amar?


ás vezes não sei o que pensar, se devo acreditar nesse país que está se esvaindo na minha mão ou se devo continuar acreditando que as coisas iram mudar, se sentir petrificada com situações cotidianas já não tem sido a solução.


À Pátria amada


Salve, salve. Como está? Melhorou?

As notícias que recebo de seus filhos não são boas, mas sei que você é forte e há de vencer mais essa. Tantas crises e traições seguidas devem estar abalando você, mas saiba que é amada, idolatrada e jamais será abandonada.


Pátria minha, posso ser sincera com você?


Você é rica, gentil e generosa, mas dá muita bandeira, por isso abusam da sua boa vontade. Aproveitadores prometem servi-la e roubam de seus cofres. Covardes juram protegê-la e atiram em sua gente pelas costas. Falam besteiras em seu nome, debocham de seus defeitos, sonegam o que lhe devem.


Por outro lado, você nunca esteve tão livre. Tão respeitada pelas colegas. Sua beleza e sua simpatia sempre foram reconhecidas, mas agora elogiam também sua inteligência e seu bom gosto. Copiam o que você veste, querem saber a fonte da sua energia, até depilam-se à sua maneira.


Portanto, querida, talvez seu problema seja mesmo de auto-estima. Você é virginiana, de 7 de setembro, certo? Então está sempre desconfiada e insegura. Não consegue tomar decisões e, muitas vezes, foge às responsabilidades.


Assuma, Pátria, que você é legal, mas vacila. Aprenda a punir quem abusa de seus favores e a tratar bem quem procura seus serviços. Afaste-se dos puxa-sacos e abrace seus desvalidos. Seus verdadeiros amigos não estão nos banquetes em sua honra, mas nos bobocas que calçam chuteira com você. A hipocrisia, maldita praga que seu ardor atrai, é a raiz dos seus problemas.


Mas, calma, tudo tem jeito, você já resistiu bravamente a dias piores. Quando nem se sabia quanto roubavam de você. Quando sujavam seu nome em porões de tortura. Quando seu dinheiro valia tão pouco que era motivo de piada.


E hoje, Pátria, você não carece de grandes atos de heroísmo, mas de pequenos gestos de respeito. Não precisa de novos salvadores, mas dos velhos sobreviventes. Inspire-nos a ver que não somos coitadinhos, somos até sortudos. Vemos tornados, terremotos e bombas terroristas pela televisão. Moramos de frente para a praia, com o mais verde quintal do mundo. Se temos a corrupção como mal encruado, que seja essa a nossa luta. A grande batalha que venceremos em seu nome.


Freud disse: "Primeiro, olhe bem as profundezas da sua alma e aprenda a saber quem você é; depois, entenda o que há de errado com você". Cazuza fez uma música dizendo a mesma coisa, lembra?


Por mim, você abandonava de vez esse positivismo cafona, que um dia lhe impuseram como lema. Não é pela ordem que seus filhos se destacam pelo mundo, é pela bagunça e festa. O progresso? Vem naturalmente quando se vive em paz, num ambiente fértil. Se é necessário um mote para completar a lacuna, que o escolham de onde sua alma se manifesta: nos pára-choques de caminhão.


Já imaginou? Você de verde e amarelo e, na faixa, em sua testa estrelada, escrito assim: "Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho". Ou simplesmente: "Existo porque insisto". É atrás da pompa dos palanques que se escondem seus inimigos.


Com amor,


Fernanda Young


Resíduo, de Carlos Drummond de Andrade

De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.
Dos gritos gagos. Da rosa
ficou um pouco.

Ficou um pouco de luz
captada no chapéu.
Nos olhos do rufião
de ternura ficou um pouco
(muito pouco).

Pouco ficou deste pó
de que teu branco sapato
se cobriu. Ficam poucas
roupas, poucos véus rotos,
pouco, pouco, muito pouco.

Mas tudo fica um pouco.
Da ponte bombardeada,
de duas folhas de grama,
do maço
- vazio - de cigarros, ficou um pouco.

Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
de teu áspero silêncio
um pouco ficou um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.

Ficou um pouco de tudo
nos pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
Se de tudo fica um pouco,
mas por que não ficaria
um pouco de mim? no trem
que leva ao norte, no barco,
nos anúncios de jornal,
um pouco de mim em Londres,
em pouco de mim algures?
no consoante?
no poço

Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco.
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil...

De tudo fica um pouco:
de mim; de ti; de Abelardo.
Cabelo na minha manga,
de tudo ficou um pouco;
do vento nas orelhas minhas,
simplório arroto, gemido
de víscera inconformada,
e minúsculos artefatos:
campânula, alvéolo, cápsula
de revólver...de aspirina.
De tudo ficou um pouco.

E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.

Mas tudo, terrível, fica um pouco.
e sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob os túneis
e sob as labaredas e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito
e sob o soluço do cárcere, o esquecido
e sob os espetáculos e sob a morte de escarlate
e sob tu mesmo e sob teus pés já duros
e sob os gonzos da família e da classe,
fica sempre um pouco de tudo.
Às vezes um botão. Às vezes um rato.